Palavras soltas pela madrugada...

Escrever é algo tão difícil, mas ao mesmo tempo não é! Por exemplo, agora eu estou escrevendo, algo sem sentido, mas estou.

Pensando bem, escrever não é tão difícil, o que escrever é o problema. Não sou poeta, não faço crônicas, não tenho teorias para discutir, não sou escritor... Apenas escrevo. Metade do que eu escrevo não publico, muitas vezes por não terminar e não termino por não saber como.
Descobri que sou mais enrolado com palavras do que imaginava. São espertas essas palavras, nos enganam facilmente, gostam de parecer uma coisa para um e outra para outros. Adoram ter significados diferentes. E algumas amam ter um certo poder, como as palavras morte, dinheiro e o próprio poder, palavrinhas bobas e que carregam um peso gigante. Mas eu acredito que algumas outras palavras não ligam para poder e coisas do gênero, apenas querem confortar as pessoas, felicidade, paz, alegria, carinho, são algumas delas.

Existe uma que não se decidiu. Não sabe se quer confortar ou ser poderosa. Alguns a pronunciam todo o tempo, outros morrem de medo de ouvi-la e existem aqueles que não querem nem saber da existência da tal palavra: AMOR! Ela que é tão pequena, com apenas 4 letras carrega mais coisas do que a maior das palavras pode carregar. 4 letras que podem te fazer sorrir com o nascer do sol, com uma troca de olhares, mas que também podem te fazer chorar por dias e sofrer por muitas noites. Como pode uma palavrinha tão pequena ser tão forte?!

Em certos momentos as palavras são covardes. Somem, escapam, se escondem e ficamos sem ter o que falar quando mais precisamos. Em outros momentos são muito atrevidas e saem aos montes, mais do que deveriam e depois de um tempo ficamos, novamente, sem ter o que falar.

Palavras são espertas. São complexas e carregam complexos. São difíceis. São ásperas. Mas acredito que, acima de tudo, elas podem ser as coisas mais importantes do mundo. Muitos dizem que as vezes tudo o que precisamos é um abraço, mas como daríamos um abraço em alguém se a palavra abraço não existisse?